Sozinho
Pois é caros prosos...
Agora de frente ao monitor - a despeito da ultima escadaria, coitada - o garoto lamenta-se ao ver que nem mais tão perto parece seu caminho de volta à dignidade, seus pasos sumiram e a informação de tudo se tratar de uma ilusão aparecera, sabendo-se lá ser ou não verdade esse dado, copiosamente esse garoto chora, seus planos e sonhos parecem ainda muito perto, mas um perto que não se alcança, tal qual a corda do onibus parecia em seus idos 10 anos.
Como aquele fogo que arde sem se ver; como aquela ferida que dói e não se sente; ou aquele contentamento descontente; essa dor desatina sem doer, o MEDO, de um futuro não presente, daquela voz que mente (promessas de felicidade ou amor) ou de uma verdade que sequer se sente; tudo de bom deveras longe... esse garoto inda sonha, imagina, pretensamente poemiza...
De seus dois ÚNICOS (meros dois) românticos ensejos - desejos - o mais novo some, esvai-se no ar, sobra uma única alternativa, um único sonho, expectativa de vida... de amar. Ele atesta: sem assim estar, não vale viver... Seu ultimo inspirar, uma tal, pela qual nutre o mais intenso admirar, foge ao seu toque, e até mesmo a sua voz, que há tempos voltara a alcançar encontra-se no limiar...
Até seu viver - subsistência auto-garantida - ameaça invertida, seus sonhos; desejos - suaves ensejos - ameaçam sim! Do centésimo andar... um tenebroso fim...
Leonardo... Ora (por quanto tempo?)
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